segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Liberdade de expressão importa

De acordo com Stefan Molyneux, a liberdade de expressão é literalmente o princípio que mais importa para se manter minimamente saudável o debate de ideias. Já falei algumas vezes no blog que não gosto de discutir muito, mas não é difícil perceber que gosto de falar qualquer coisa que penso sobre o que for, afinal o blog é sobre nada.

Assim, por mais que não goste tanto de discutir à toa, tenho interesse em manter a liberdade de expressão como absoluta e intocável. Mas o que a liberdade de expressão implica? Implica debates maiores e de maior diferença, o que quer dizer que haverá, sim, gente defendendo genocídio, mas, por mais absurdo que isso seja, não quer dizer nada. A censura só significa medo de tais ideias, medo que pode ser justificado -- ora, não era o nazismo digno de medo? --, mas muitas vezes medo de perder o poder. Medo de ideais novos que ponham abaixo toda a estrutura social do governo.
Em meu texto recente sobre sonhos, quis também dizer um pouco disso. A educação governamental não ajuda nem um pouco a espalhar ideais de livre expressão, tendo professores autoritários, alunos os quais a cada dia ficam mais ignorantes e aceitação cada vez maior dos absurdos das escolas.

Caso recente: Milo Yiannopoulos. 


O pessoal "tolerante" ironicamente demoniza a liberdade de expressão. Milo Yiannopoulos, judeu e gay, tem sido chamado de nazista, ou "alt-right" (basicamente nazistas que derivaram de submundos da internet e se chamam de direita simplesmente por se opor aos progressismos esquerdistas) pelos guerreiros da justiça social americanos, e o porquê? Porque Yiannopoulos é contrário a políticas tipicamente esquerdistas, como imigração livre e feminismo, ao mesmo tempo que apoia Trump. O objetivo de perseguir aqueles que discordam deles é simples: causar o medo. É muito fácil apontar na cara dos outros e dizer "você é um fascista, e podemos esmagar crânios fascistas!"
Perguntando-se o que é um fascista, pouquíssimos sabem definir o termo corretamente. Se tornou um espantalho para usar de justificativa para a censura e violência.

Assim, conseguimos concluir bem logicamente que a liberdade de expressão é necessária (ou a violência se espalha, sob discurso de, como falei "esmagar crânios fascistas").

Quem é a favor da censura (porque é esse o termo, e não outro eufemismo qualquer) de certas palavras ou ideologias diz que com livre expressão total, as pessoas seriam mais violentas do que são, ou ao menos mais agressivas. Não é bem verdade. Não vemos na internet praticamente uma liberdade total de expressão? Claro que volta e meia alguém é censurado pelo Zuckerberg (como fui por três meses em certa ocasião), mas em geral, a internet é um lugar de debates livres, que inclusive as pessoas não teriam coragem de fazer cara a cara. Duvido que algum americano racista tenha a coragem de chamar de "nigger" um negro cara a cara, por exemplo.

Os debates sob a liberdade de expressão seriam acerca de todos os assuntos, mas é improvável que discursos antigos voltem a ser discutidos. Claro que acontece, porque existem ideologias doentes que buscam reviver discussões históricas que foram encerradas há muito tempo, como a imoralidade da escravidão, ou o erro do socialismo. Inclusive, no segundo caso, é surpreendentemente levado a sério ainda hoje, enquanto o primeiro, que é igualmente absurdo, porém menos pueril, não.
E o porquê disso é bem simples: vemos hoje pessoas discutindo se as religiões deviam obrigar as pessoas a seguirem determinadas condutas? Vemos pessoas discutindo seriamente sobre a escravidão ser moral ou imoral? Vemos pessoas discutindo se devem ser comunistas, no estilo de Pol Pot, Mao Tsé Tung ou Stálin? Não com uma frequência que não seja desprezível. E isso acontece porque são discussões já finalizadas pela história.

Voltamos novamente ao problema da educação governamental -- e isso não só considerando a escola pública, mas qualquer educação que seja tabelada e regulamentada pelo governo.

Citando um trecho de um pequeno livro de Stefan Molyneux chamado Everyday Anarchism, traduzido livremente por mim:
"(...) violência sempre requer intelectualização, o que é o porquê de governos sempre quererm investir absurdos em educação e subsidiar intelectuais."
Por isso me posiciono totalmente favorável à liberdade de expressão irrestrita (obviamente, em sua propriedade). Sem liberdade de expressão, não há argumentos, e sim violência.
Bem, é isso.

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